Jejum, Léa ou Lia, uma vida a sombra da beleza de sua irmã

  Jejum mês de agosto de 2020:

„Os que esperam no Senhor“

6. Dia) Léa ou Lia, uma vida a sombra da beleza de sua irmã.

Gênesis 29

Léa ou Lia, é descrita como tendo um “olhar terno”. Léa, vivia a sombra da beleza da sua irmãa Raquel. Jacó, seu primo ao chegar ali fugindo do seu irmão Esaú, assim que viu a irmã de Léa, se apaixonou por ela e logo fez um acordo com seu tio, Labão, que trabalharia sete anos para se casar com sua filha mais moça, Raquel. O casamento aconteceu 7 anos depois, mas não foi com Raquel que ele se casou e sim com Léa.

Labão disse que era tradição daquele lugar que a filha mais velha deveria se casar primeiro. Imagina que Jacó já estava ali há 7 anos e será que ele nunca tinha ouvido falar sobre esta lei?

Ou talvez ele tenha confiado na palavra acordada com Labão e pensou que estivesse fora dessa tradição.

Léa, teve que se casar com Jacó pela tradição ou porque seu pai queria que assim fosse. E imagina ela sabia que ele amava a sua irmã, e novamente ela estava vivendo a sombra de Raquel e ela sabia que viveria assim muitos anos da sua vida.

Na manhã seguinte a cerimônia, Jacó descobriu que na sua cama não era Raquel e sim Léa. Imagina a decepção para ele e também para ela, pois com certeza Jacó deve ter reagido com muita raiva.

A Biblia conta que ele foi falar imediatamente com seu sogro Labão e então eles fizeram um novo acordo entre sí no qual Jacó trabalharia mais sete anos para se casar com Raquel, e uma semana depois ele estava se casando com ela.

Gente, que dor tudo isso. Imaginem, que aquelas duas irmãs passaram a ser concorrentes uma da outra. Rivais. Jamais elas poderiam ser amiga uma da outra, trocar confidências. Que vida solitária a dessas duas irmãs.

Quantos medos e inseguranças viveram estas duas e nunca mais nem Léa e nem Raquel foram a mesma pessoa.

Eu não gostaria de estar no lugar de nenhuma delas.

Eu também não sei porque Léa aceitou tudo isso sem nada dizer sobre o plano do pai. Talvez ela quis se vingar da irmã Raquel por ser sempre tão bonita, talvez Raquel sempre foi a mais preferida, talvez ela também se apaixonou por Jacó, talvez ela só estava obedecendo as ordens do seu pai, a Biblia não nos conta os pormenores dessa triste história que trouxe sérias conseqüências nessa familia por anos a fio.

Léa acabou se tornando esposa de um homem que não a amava.

Eu fiquei muitas vezes imaginando a lua de mel dela com Jacó. Jacó pensando que tinha em seus braços depois de 7 anos de espera a sua amada Raquel. Como ele deve ter amado aquela mulher naquela noite. Uma noite de amor que ela jamais teria e ela sabia disso, que aquela noite seria única em sua vida. Tanto é que os nomes dos filhos que Léa dá são pura consolação para ela mesma, pois ela sabia que nunca teria o amor de seu marido só para ela. Isso é duro demais. Léa tenta através dos filhos ganhar o amor do seu marido. Léa foi mãe de 7 dos 12 filhos de Jacó. Seis filhos homens e uma menina que se chamou Diná.

- O seu primeiro filho se chamou Rúben: „ O Senhor atendeu a minha aflição“ em outras palavras ela estava dizendo:"O Senhor viu a minha infelicidade. Agora, certamente o meu marido me amará",

- Simeão: "Porque o Senhor ouviu que sou desprezada, deu-me também este".

- Levi: "Agora, finalmente, meu marido se apegará a mim, porque já lhe dei três filhos",

- Judá, seu 4° filho, tem um significado extraordinário: "Desta vez louvarei o Senhor". Léa, entendeu que nunca teria o amor de seu marido mas que Deus a amava e cuidava dela.

Da linhagem de Judá nasceu o nosso Salvador Jesus mais tarde

- O que essa história me diz?

Léa não se sentia amada. Carregou esse sentimento por toda a sua vida. Só mais tarde quando lemos a continuação da historia da sua

vida e da sua irmã Raquel e lemos que Raquel morre, é que ela sente a ternura do marido Jacó só para ela. Eles já estavam mais velhos e Jacó percebe a grande mulher, companheira que Léa era para ele. Quantas vezes nós nos sentimos assim como Léa?

- Não sentimos que somos amadas em nossa familia, temos uma certa concorrencia com nossas irmãs, com nossos irmãos.

Tentamos conquistar o amor dos nossos pais, porque não sentimos o amor deles por nós.

- Passamos uma grande parte das nossas vidas fazendo como Léa. Agora que consegui fazer uma faculdade meus pais vão me amar, agora que consegui um bom emprego meus pais vão me amar, agora que consegui me casar, terei o respeito dos meus pais. Quantas vezes temos vivido o Complexo de Léa em nossas vidas.

- E nós trazemos todos esses sentimentos para o nosso casamento. Chegamos para o casamento, para vivermos uma história de amor de Cinderala, mas trazemos em nossa bagagem de vida todas as frustrações da nossa infancia, da nossa convivencia com nossos pais e da nossa convivencia com nossos irmãos. Por outro lado, o nosso companheiro, o nosso marido, o nosso principe encantado, também trás as mesmas frustrações em sua bagagem. E ai, como encaixar duas bagagens tão diferentes uma na outra?

- Frustrações, medos, sentimentos que não conhecemos, complexos de inferioridade, complexos de superioridade e assim por adiante. Por isso amadas é fundamental colocarmos o nosso marido, o futuro marido que tanto desejamos para os nossos filhos nas mãos do Senhor, e você que não é casada e que tanto deseja ter um marido, colocar em oração este teu futuro diante do Senhor que te conhece e sabe do que você necessita.

- Ore por isso, ore por seus filhos, casamento é uma aliança. Eu não orei quando jovem por isso e eu não estava preparada para a vida de casada. Cometi muitos erros sobre este assunto no passado e meu casamento fooi um fracasso. Somente mais tarde numa segunda aliança, já mais amadurecida orei ao Senhor sobre e há quase 25 anos o Senhor tem me ajudado e me abençoado nessas segundas nupcias. Mas o melhor é orar sobre casamento, pois isso pode detonar sua vida ou para cima ou para baixo. Orem a respeito. Deus nos abençoe.

* Algumas Informações sobre os nomes retirados da internet.