Jejum mês de agosto de 2020:
„Os que esperam no Senhor“
17.) A mulher do fluxo de sague - Lucas 8:43-48
Nós não sabemos como ela se chama, mas todos a denominam „ A mulher do fluxo de sangue“. Lucas, que era discípulo de Jesus era também médico e ele narra muito bem este fato, pois ele podia entender o que se passava na vida dessa mulher. Fora da tradição judaica o peso que ela deve ter carregado, nesses 12 anos de enfermidade deveria ter sido algo gigante para uma mulher naquela época. A Biblia não diz se ela era casada, mas se fosse, com certeza seu marido já deveria tê-la feito voltar a casa dos seus pais. Uma mulher que só vivia menstruada, não podia engravidar, ela era considerada imunda por causa do sangramento. Ela não podia ir ao Templo, não podia participar de festas, não podia se encontrar com outras mulheres, pois aonde ela se sentasse ou se ela tocasse nas coisas tudo era considerado imundo. Ninguém queria ficar perto dessa mulher. Ninguém quer ficar perto de alguém contaminado pelo Covid 19. E me acreditem amadas, quando nós temos uma doença, ninguém quer ficar perto da gente com medo do contagio. Ela já tinha gastado todo o seu dinheiro, toda a sua poupança e ninguém podia fazer absolutamente nada por ela. Com certeza do jeito que ela vinha perdendo sangue durante 12 anos seguidos ela deveria ser uma pessoa anêmica, sem forças e debilitada. Nenhum tratamento médico resolveu seu problema e sua saúde piorava cada vez mais ao longo dos doze anos (Marcos 5:25,26). Ela era uma mulher amaldiçoada e condenada a viver sozinha.
Tudo isso indica a situação desesperadora daquela mulher. Nos últimos anos ela tinha vivido na solidão, acompanhada da vergonha. Ela era apontada pelas pessoas como a mulher do fluxo de sangue. Uma verdadeira maldição. Nós não sabemos o que é viver uma situação dessas. As pessoas a rotularam assim „a mulher do fluxo de sangue... Quantas vezes nós mesmas rotulamos as pessoas dentro da nossa casa, chamamos um filho de pregüiçoso ou de vagabundo, ou uma filha de problemática, rotulamos pessoas no nosso trabalho e até mesmo em nossas igrejas. Ou outras pessoas nos rotulam. Lá vem aquela que reclama de tudo, lá vem aquela que só chega atrasada, lá vem aquela que é sempre a coitadinha, lá vem a crentinha. esse tipo de coisas. Ou você mesma se rotula dizendo que você é uma pessoa incapaz de fazer as coisas, que você é apenas uma dona de casa e que não faz grandes coisas, que nada que você faz dá certo, que você é uma azarada, etc. Fazendo assim, você está enterrando a verdadeira pessoa que você é.
- Isso são rótulos que pegamos pra nós amadas mas que eles não nos pertencem. Eu te pergunto: Você tem se rotulado de alguma coisa? E você tem se escondido atrás desses rótulos?
- Jesus diz que se nós O temos em nossos corações e vivemos como a Biblia diz como devemos viver, nós somos por Ele chamados de "Filhos de Deus." Estão vendo a diferença?
Essa mulher vivia assim: ro-tu-la-da pelas pessoas.
Certo dia, ela escutou falar de um homem chamado Jesus. Jesus, que Ele iria passar por Cafarnaum o que ela não contava é que Ele estaria cercado por uma grande multidão. Ele já havia curado muitas pessoas naquela região, então era natural que as pessoas o acompanhassem. A Biblia conta que eram tantos que eles estavam dificultando sua caminhada até Jesus. Eram muitos esbarrões e Jesus caminhava apertado e com dificuldade. A mulher do fluxo de sangue viu em Jesus a oportunidade única de sua vida. Ela creu que se ao menos tocasse em suas vestes sua hemorragia seria estancada. Eu fiquei pensando quanta esperança essa mulher tinha para pensar em tocar somente na beirada dos vestidos de Jesus. Vocês sabem que naquela época eles usavam um vestido comprido que varria o chão. Pois é, ela pensava em tocar ali, na parte mais suja da roupa de alguém. Exatamente suja, como ela tinha vivido todos esses anos. Então ela veio por detrás da multidão e tocou na orla do vestido de Jesus, e a Biblia conta que ela imediatamente foi curada. Que coisa grandiosa! (Marcos 5:29).
Eu não sei se ela sentiu um frio na espinha quando foi curada, mas ela sentiu que ela foi curada imediatamente. Ela já estava dando as costas para a multidão e estava saindo de mansinho para voltar para sua casa quando Jesus perguntou algo a multidão. “Quem tocou nas minhas vestes?” (Marcos 5:30).
Os discípulos acharam que a pergunta de Jesus não fazia sentido. Muitas pessoas estavam tocando o Mestre naquela multidão.
Mas Jesus sabia que alguém lhe havia tocado não apenas com as mãos, mas principalmente com a fé. Então a mulher que havia sofrido com o fluxo de sangue escutou a pergunta de Jesus e percebeu que Ele a procurava no meio da multidão. A Bíblia diz que naquele momento a mulher se aproximou de Jesus temendo e tremendo, e lhe falou que tinha sido ela.
Amadas, aqui nós precisamos entender algo mais profundo que estava acontecendo ali. Era uma situação extremamente embaraçosa para aquela mulher. Todos sabiam que ela só vivia menstruada e por que Jesus a estava expondo daquele jeito? A tradição dizia que ela não poderia estar em público, ela poderia ser apedrejada. Ela não sabia exatamente se Jesus iria repreendê-la por causa do que ela havia feito. Mas mesmo assim ela se prostrou diante de Jesus e lhe contou tudo. Foi nessa hora que ela explicou o sofrimento que vinha enfrentando por doze anos.
Mas Jesus, ao invés de repreendê-la, Jesus a confortou de forma amorosa. Ele disse: “Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz, e fica livre do teu mal” (Marcos 5:34). Com essas palavras Jesus não apenas garantiu que a saúde da mulher do fluxo de sangue havia sido restaurada, mas também Ele restaurou sua vida social e religiosa. Por isso, Ele precisava fazer aquilo em público para que a noticia se espalhasse de que ela estava curada. Agora aquela mulher poderia finalmente ir ao Templo, ir às festas, seguir o seu caminho em paz.
- O que eu aprendi com a história biblica de hoje?
Em primeiro lugar, aprendi que Jesus é a esperança para os desesperançados. Aquela mulher tinha esgotado todos os seus recursos. Humanamente falando, não havia mais nada que pudesse ser feito a seu favor. E quantas pessoas no dia de hoje estão vivendo desesperançadas por causa da sua situação de vida, assim como aquela mulher? Ela estava presa numa solidão terrível. Ela não tinha paz, ela era refém da agonia. Aos olhos de todos, a mulher do fluxo de sangue era imunda e não havia esperança de que ela deixasse aquela posição de amaldiçoada.
- Em segundo lugar, a história da mulher do fluxo de sangue nos ensina sobre a supremacia da santidade de Cristo. "Pela lógica humana, quando algo impuro tem contato com algo limpo, o impuro contamina o que é puro. Um copo de água poluída torna sujo todo um tanque de água potável. Assim, se uma pessoa considerada limpa tivesse contato com algo imundo, ela também seria considerada impura." Mas com Jesus é diferente. Sua pureza é sem igual! Ele próprio é a fonte da genuína santidade. Quando a mulher do fluxo de sangue lhe tocou Ele não ficou impuro, ao contrário, foi ela quem ficou pura. (retirado da internet)
Por isso mesmo, somente Ele pode transformar pecadores impuros e imperfeitos em filhos santificados de Deus. É Ele que nos dá vestes brancas como a neve (Apocalipse 3:5; 7:13,14).
- Em terceiro lugar, a história da mulher do fluxo de sangue nos ensina que a fé é um instrumento para a manifestação do poder de Deus. Através da fé, Cristo curou aquela mulher física, espiritualmente, moralmente e socialmente. Seu corpo e sua alma foram restaurados. Por isso Ele disse: “A tua fé de salvou”.
Além disso, ao enfatizar a fé como o instrumento desse milagre, Jesus automaticamente tratou de acabar com qualquer tipo de superstição de que sua peça de roupa teria contribuído para a cura da mulher do fluxo de sangue. Definitivamente quem cura e restaura é Jesus em resposta à fé, e não um tecido ou qualquer objeto supostamente místico ou sagrado. Amém.
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