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quarta-feira, 2 de junho de 2010

Marte

O PLANETA ENFERRUJADO

Marte antes da luneta
. Até 1500, era crenca comum de que o centro do Universo seria a Terra.

Em 1543, porém, Nicolau Copérnico mostrou que a matemática necessária para descrever o movimento dos planetas seria muito mais simples se fosse adotado o Sol como centro de tudo.



Nicolau Copérnico. © Acervo Anglo




Sistema de Copérnico, c.1543 por Andrea Cellarius no séc. XVII para o The Celestial Atlas, publicado em Amsterdan, cerca 1660. © Biblioteca Britânica, Londres.

Afinal, como explicar o vai-vem que os planetas parecem ter em relação ao fundo de estrelas fixas?

Imaginando o vai-vem de Marte - como o que ocorreu em meados de 2003 - visto "de cima", ou seja, do ponto de vista de um anjo situado acima do plano das órbitas, teríamos uma trajetória com a forma de uma laçada:

Para explicar essas laçadas, os adeptos da idéia de que a Terra seria o centro do Universo aceitavam o conceito de Ptolomeu, publicado em torno do ano 150, de que um ponto imaginário estaria em órbita circular em torno de um centro denominado "equante", não coincidente com o centro da Terra.

Pois bem, Marte estaria descrevendo uma circunferência, denominada "epiciclo" em torno desse ponto. Complicado, não?

Será que existe outra forma de se explicar essas lacadas de forma um pouco mais simples? Ao ouvir uma explicacao sobre os epiciclos de Ptolomeu no século XIII o rei Alfonso X de Castilha (1252-84) exclamou: "Se eu tivesse estado presente no momento da Criacao, poderia ter dado algumas sugestoes úteis para que se fizesse um Universo um pouco mais organizado!"

Como explicar o fato de que Marte ora tem movimento direto, ora retrógrado?

Se admitirmos que tanto a Terra quanto Marte movimentam-se em torno do Sol, como preconizado por Copérnico...

... a explicação do aparente vai-vem torna-se óbvia:

Apesar da incrível simplificacao que a hipótese de Copérnico acarretava, o orgulho de ser "o centro do Universo" cegou alguns grandes cientistas, entre os quais Tycho Brahe (1546 - 1601), astrônomo dinamarquês que fez observacoes surpreendentemente precisas sobre a posicao de Marte. Sem telescópio, usando apenas grandes "transferidores" conseguiu fazer medidas com a precisao de 1/15 de grau!

Tudo isso para tentar provar sua hipótese de um "sistema misto" no qual o Sol giraria em torno da Terra e o resto em torno do Sol!

Seu trabalho, porém, nao foi em vao. Os dados precisos que ele obteve sobre Marte acabaram sendo utilizados por outro grande astrônomo da época, Johannes Kepler (1571-1630).

Johannes Kepler. © Acervo Anglo

Com os dados de Brahe, Kepler determinou que a órbita de Marte, assim como de todos os outros planetas, incluindo a Terra, nao era na realidade uma circunferência mas sim uma elipse na qual o Sol ocupa nao o centro mas sim um dos focos:

Assim sendo, ora Marte está mais perto do Sol (periélio com velocidade máxima), ora mais longe (afélio com velocidade mínima):


A grande aproximacao de Marte no final de agosto de 2003, a maior em 60 mil anos, se deve justamente ao fato de que Marte está em seu periélio e a Terra próxima de seu afélio:

Matéria retirada na íntegrada DAQUI.

Sabemos que todas as coisas em nosso planeta está mudando. Há tantas novas descobertas. Novos planetas, novas estrelas, novas galáxias, um mundo totalmente novo e ainda desconhecido por nós. A Bíblia fala: "Do Senhor é a Terra e a sua Plenitude."

Este post faz parte do Ecological Day promovido pela Sonia Mascaro.


Atenção: É expressamente proibido a cópia deste texto e imagens sem a autorização prévia do autor.

19 comentários:

Gisa disse...

Puca vida, assim não vale, a prova da Tata passou e você posta isso agora ? kkk

Beijo grande amore, bom finds

chica disse...

Que maravilha e muito instrutivo.Puxa, quanta coisa, quanto detalhezinho nessa criação,heim?beijos,chica

Anônimo disse...

Que aula, hem???! A Sonia vai adorar!

Bjs e parabéns pelo post!

D.Ramírez disse...

Esses caras e tantos outros inventores e construtores de séculos passados devem terem vindo de Marte, tamanha competencia, inteligência e garra. Hoje tudo é simples e fácil, pois foram deixados por esses tantos antepassados, mas partir do zero, sem referencia alguma senão vontade e mente, esses sim são verdadeiros gênios.
Besos

Sonia Sant'Anna disse...

Ai, tá muito complicado.

Lunna Guedes disse...

Sinceramente acho que tudo isso deve ser motivado por um campo magnético onde tudo se atraí e ao mesmo tempo se repele. Já que sabemos que tudo está se afastando gradativamente até um limite por isso a linha do tempo se constitui entre passado, presente e futuro. E ontem haverá um ponto onde nada mais poderá continuar se expandido e aí é que fica a pergunta: o que vai acontecer? Uma desaceleração natural? Ou um retrocesso?
Viu só o que o seu post fez a essa hora da manhã? rs
Bacio carissima

Marina G. disse...

As aulas nas escolas poderiam ser dinâmicas assim, não acha? :)

Beijos!

Mi disse...

A gente aprende tanta coisa na escola e depois de uns anos tudo ja muda...eu quase nao acreditei quando me disseram que plutao nao é mais considerando um planeta!! hehe bjs!

Sonia H disse...

Georgia,
Que post interessante! Concordo com quem disse que as aulas nas escolas deveriam ser assim.
Beijos,

FORA DE COMUM disse...

Apesar do tema não dos que mais aprecie,esta muito bem explicado.
è a 1ª vez que leio até ao fim. Boa semana parabéns pelo trabalho!

Márcia de Albuquerque Alves disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Márcia de Albuquerque Alves disse...

Oi Georgia!

Muito educativo, amei o post!
Adoro explicações assim, cheias de imagens que enchem os olhos das crianças e dos adultos.
Esses homens são exemplos do quanto o ser humano é capaz e inteligente.

bjs

Fábio Mayer disse...

Que beleza de texto e de apresentação didática, faltam aulas assim nos colégios basileiros.

Parabéns!

Maria Augusta disse...

Georgia, que modo legal de explicar esta evolução das teorias sobre o que acontece no Sistema Solar, adorei os gráficos. Imagino quanto foi duro apresentar estas teorias quando a Igreja queria impor a Terra como o centro dos universo, alguns pagaram com a vida. Mas tenho certeza que ainda não sabemos tudo. Existem modelos que vão evoluindo e se adaptando à interpretação da realidade que podemos perceber...mas não somos capazes de perceber tudo, somos limitados por nossos cinco sentidos.
Beijos e parabéns pelo post, ainda estou preparando o meu, estou atrasada para este Ecological Day.

Anônimo disse...

Muito interessante. Parabéns pelo post. Big Beijos

sonia a. mascaro disse...

Georgia,
Interessante este post e bastante didático. A minha xará Sonia disse que "tá muito complicado" (risos), e acho que o tema é bem complexo mesmo. O que me atrai são os mitos e as histórias e filmes criados em torno dos planetas, como por exemplo a respeito de Marte (os marcianos) e também da Lua e de Saturno.
Obrigada por sua ótima participação no Ecological Day e pelo link ao meu blog.
Bjs.

Cristina Caetano disse...

Minha cabeça deu uma volta, amiga... voltei aos tempos do Colégio. E uma coisa puxa pela memória de outras. Obrigada. :)

Beijos

Bergilde disse...

Nunca fui muito interessada nesse argumento,talvez porque não tenha sido apresentado a mim dessa maneira dinâmica e esclarecedora.Aprendí e sobretudo gostei viu!
Abraços,Bergilde

Lúcia Soares disse...

Que seria de nós sem esses fantásticos estudiosos, que nos apresentaram um mundo cheio de possibilidades?
Eles fizeram muito mais, pois tinham instrumentos toscos.
Com a inteligência deles e a tecnologia de hoje (que eles mesmos possibilitaram) saberíamos muito mais...
Bj