Já cedo comecei a explicar ao Daniel que a mamae dele é brasileira. Que a mamae, por mais que tenha se esforcado para aprender o alemao, a mamae, nao fala corretamente e para isso, a mamae iria precisar de toda a ajuda da família.
Com isso, o Daniel já cresceu sabendo que eu nao sou obrigada a falar corretamente uma língua que nao seja a minha.
Ele nao sente vergonha de mim, quando falo alguma declinacao errada. Na verdade ele me corrige. Ele diz: - Mamae, isso é assim na sua língua, na minha é assim.
Algumas pessoas que já o ouviram me corrigindo, pois a correcao aqui em casa já virou uma coisa automática, ninguém fica envergonhado, ou tímido porque o outro corrigiu o outro, a coisa flui, sem problemas, numa linguagem muito direta, sem complexo, sem autoridade que eu sou a mae e sou eu quem devo fazer correcoes aqui em casa. Nada disso...
Algumas maes alemaes já me perguntaram:
- Você nao tem problemas que o Daniel te corrige? e eu perguntei:
- Que tipo de problemas?
- Ah, você é a mae, geralmente nós as maes é que corrigimos os nossos filhos.
- Nao, nao tenho nenhum tipo de problemas com isso e penso que o Daniel também nao. Quando ele fala algo em português errado eu o corrijo, assim como ele me corrige o alemao. Quando é que você acha que eu tenho a chance de ser corrigida? Muito mais em casa com o Daniel que recebe alemao o tempo todo.
E é verdade. Com ele, e com os exercícios da escola dele, eu tenho aprendido muito.
Quando os amigos dele estao aqui para brincar e eu falo errado, eles também nunca riram de mim. O Daniel já desde cedo já falou com os amigos assim:
- Olha, minha mae é brasileira e ela foi pouco à escola por aqui, se ela falar errado nao liga. -
De vez em quando eu estou sempre perguntando ao Daniel:
- Filho, a mamae ainda continua falando isso e isso errado, ainda nao consegui memorizar mesmo que você já tenha me ensinado, me desculpa.
Ele dá tapinhas nas minhas costas e diz:
- Mae, nao se preocupa, ninguém precisa saber tudo. Você vai achar um caminho prá que a gente te entenda.
Eu penso que quando o seu filho sabe que você também tem limites para aprender algo, ele nao precisa te ver como a pessoa mais perfeita desse mundo, pelo contrário. Eles precisam saber dos seus limites para saber respeitá-los.
Com isso, o Daniel já cresceu sabendo que eu nao sou obrigada a falar corretamente uma língua que nao seja a minha.
Ele nao sente vergonha de mim, quando falo alguma declinacao errada. Na verdade ele me corrige. Ele diz: - Mamae, isso é assim na sua língua, na minha é assim.
Algumas pessoas que já o ouviram me corrigindo, pois a correcao aqui em casa já virou uma coisa automática, ninguém fica envergonhado, ou tímido porque o outro corrigiu o outro, a coisa flui, sem problemas, numa linguagem muito direta, sem complexo, sem autoridade que eu sou a mae e sou eu quem devo fazer correcoes aqui em casa. Nada disso...
Algumas maes alemaes já me perguntaram:
- Você nao tem problemas que o Daniel te corrige? e eu perguntei:
- Que tipo de problemas?
- Ah, você é a mae, geralmente nós as maes é que corrigimos os nossos filhos.
- Nao, nao tenho nenhum tipo de problemas com isso e penso que o Daniel também nao. Quando ele fala algo em português errado eu o corrijo, assim como ele me corrige o alemao. Quando é que você acha que eu tenho a chance de ser corrigida? Muito mais em casa com o Daniel que recebe alemao o tempo todo.
E é verdade. Com ele, e com os exercícios da escola dele, eu tenho aprendido muito.
Quando os amigos dele estao aqui para brincar e eu falo errado, eles também nunca riram de mim. O Daniel já desde cedo já falou com os amigos assim:
- Olha, minha mae é brasileira e ela foi pouco à escola por aqui, se ela falar errado nao liga. -
De vez em quando eu estou sempre perguntando ao Daniel:
- Filho, a mamae ainda continua falando isso e isso errado, ainda nao consegui memorizar mesmo que você já tenha me ensinado, me desculpa.
Ele dá tapinhas nas minhas costas e diz:
- Mae, nao se preocupa, ninguém precisa saber tudo. Você vai achar um caminho prá que a gente te entenda.
Eu penso que quando o seu filho sabe que você também tem limites para aprender algo, ele nao precisa te ver como a pessoa mais perfeita desse mundo, pelo contrário. Eles precisam saber dos seus limites para saber respeitá-los.
Um grande abraco e obrigada pelo carinho de sempre e encerro aqui a série "Como viver em outro país." Mas, posso voltar a qualquer momento em edicao extraordinária, a qualquer momento com a série se me lembrar de algo, ou se alguém quiser perguntar alguma coisa que queira que eu poste, é só falar... rs.
Eu gostaria de agradecer a Beth do blog Mae Gaia. Pois, foi ela quem me animou a escrever a série Como viver em outro país. Ela sempre me dizia: Ah, Georgia conta prá gente as primeiras dificuldades, eu sou tao curiosa... a gente pensa sempre que é tao fácil...conta.
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15 comentários:
Pocha vida, devorei sua serie rapidamente... encontrei seu blog ontem a noite (2 horas da madruga)amei mesmo... Que aventura, trocar de país, de idioma, de cultura por uma amor e ainda conseguir ter autonômia!!! Vc é uma heroina!!! Parabéns... Amei a serie \o/ E que venham edições estraordinárias!!!
Parabéns \o/!!!
Muito obrigada por dividir suas experiencias!
Cheguei na Alemanha em janeiro com marido e 2 filhos pequenos e tenho vivido muitos desafios, frustracoes ... Mas gracas a Deus que Ele coloca pessoas como vc pra me mostrar que tudo que tenho passado faz parte e que nao devo desistir!
Parabens pela coragem!!!
Patricia
Oi Patricia, que bom que o texto te ajudou.
Olha, deixa seu email ssim,poderemos conversar.
Um abraco
Olá Georgia, tudo bem?
Nem sei bem como encontrei teu blog pois estava no google procurando outra coisa. E não pude deixar de ler o que escreveu sobre sua vida na Alemanha. Li tudo em minutos...rs. E quanta coragem, quanto amor, quanta garra! Acho que me senti um pouco na sua pele pois eu tiveum namorado americano e ele vivia me chamando para ir morar com ele e acho que não tive coragem ou amor suficiente para largar tudo aqui em SP. Cheguei a visita-lo e hoje em dia ainda nós falamos. Só Deus sabe o desfecho dessa história. rss...Bom..só queria desejar muita felicidade, amor, fé, paciência e que Deus abençoe toda a sua família. Um abraço.
Selma
selmaeua@hotmail.com
Ahh e tens o dom de escrever. pense nisso até como uma profissão, sei lá. ehhehe bjs.
Que doce de filho! Aqui em casa nao é diferente, um corrige o outro,hehehe!! beijos
Oi Georgia!!
Que delicia tua história na Alemanha, adorei. Me identifiquei com tua história. As voltas das visitas ao Brasil, a choradeira e tristeza, mas também optei por ter nosso própria familia e é aqui que estamos. Tambem sou brasileira, casada com Portugues e quando vim para Europa morávamos na Irlanda e passei por algumas situacoes engracadas por causa do idioma (sempre tive vergonha de errar) e muita solidao tambem. Agora estamos morando em POrtugal o idioma agora nao é mais o problema, graças a Deus...Agora é a saudade, mas essa a gente vai levando e com a Internet, algumas ligacoes a gente vai amenizando as coisas.
Adorei teu blog..um dia ainda vou ter meu blog (ui que medo) rsrsr...ai te aviso.
bjs
Sheila
Oi Sheila, seja bem vinda por aqui.
Tudo bem com vc?
Eu adorei Portugal. Nao teria nenhum problema se tivesse que viver ai. Para mim as diferencas seriam pouquissimas.
Faca sim um blog. Se vc quiser te faco um. Adoro fazer blogs para as pessoas. Nao cobro nada, pois nao custa fazer.
Escreve para o meu email:
saiajusta4@gmail.com
Assim vamos continuar conversando por aqui.
Um grde abraco
Amei a série!!Vc como sempre é show!!beijocas, Vivi
Oi Geórgia!!
Finalmente tenho novidades..FIZ MEU BLOG rsrs estive as voltas com isso e pensando, pensando...Dá uma olhada lá e me de sugestões de assuntos pra abordar, críticas no aberta pra ouvir rsrs...ah o Blog é sobre Suculentas...Se gostar e quiser indicar para as tuas amigas eu vou adorar recebe-las e preparar material para questoes sobre o assunto..
Ainda tenho algumas duvidas sobre o blog..vou te mandar um e-mail se puderes me ajudar...
Parabéns amiga, pela linda trajetória. Li tudo. É nessas horas que descobrimos o grande potencial que temos.
Parabéns pela superação.
Gostei muito de acompanhar e ler os capitulos da sua Novela Real.
Morar fora do nosso País não é moleza. O bom foi que vc deu a volta por cima e chegou lá.
Sucesso em 2012 para ti, e toda a sua familia.
Sandra
Falando em Portugal vou conhecer em Junho. Estou anciosa por este dia.
Até mais.
Sandra
Olá Georgia!!
Eu sou nova aqui no teu blog, mas já li toda a tua série sobre morar em outro país!
Eu estou me preparando para mudar para Alemanha em um ano e estou bem empolgada!
Meu problema tem sido o alemão também, por mais que eu me esforce tá bem difícil aprender essa língua estranha!
Achei legal que o nome da tua primeira chefe aí na Alemanha é o meu nome também! Petra!! Ainda bem que ela era legal!!
Um beijo e espero me inspirar na tua coragem!! Que Deus te abençoe!!
OI QUERIDA GOSTEI MUITO DAS SUAS EXPERIENCIAS AI NA ALEMANHA E O ENGRAÇADO E QUE EU ESTAVA PESQUISANDO SOBRE O PAIS HOLANDA,VENDO TAMBEM UM BLOG DE UMA BRASILEIRA QUE VIVE LA O MESMO TEMPO EM Q VC ESTA AI NA ALEMANHA E DE REPENTE TECLEI E APARECEU SEU BLOG, TENHO UMA PERGUNTA PERCEBI QUE VC E CRISTA E QUERO SABER COMO SAO OS CRISTAO AI NA ALEMANHA TEM MUITA DIFICULDADE DE EVANGELIZAÇAO...BJS ABRAÇOS DRY
Adriana, seja muito bem vinda por aqui.
É diferente por aqui. A Evangelizacao nao é como no Brasil onde se pode bater de porta em porta, ir para as pracas e pregar com o alto falante. A coisa aqui é mais passiva, calma e nao se pode por lei perturbar a vida particular de ninguém.
O bom é que quando vc os ganha para Jesus é uma decisao firme.
Vc está vindo para a Holanda? Há muitas igrejas evangélicas por lá e os holandeses sao mais calorosos que os alemaes.
Espero ter respondido a tua pergunta.
Um grande abraco e volte sempre.
Olá!
Me chamo Aline e sou brasileira. Conheci um moço inglês na BAHIA (rs) quando nós dois estavamos passeando. Blablabla e ele veio morar aqui em SP comigo. Cheguei agora no seu blog, mas li os 12 capitulos de Como é morar em outro país. Pois um dia, dentro de cerca de dois anos nos mudaremos para a Inglaterra. Ele se adaptou bem aqui, porém... sei bem o que quis dizer quando escreveu sobre "a morte que nao te deixou vir para o BRasil" TEMO também, mas... há dois anos atras quando ele se mudou foi a melhor opçao (por diversos motivos), mas quando pensarmos em filhos.. não queremos viver aqui com essa falta de segurança.
Adorei ler seus posts! Vc escreve muito bem e AMEI o ultimo sobre seu filho te corrigir... achei linda a relaçao de vcs.
Me parece que vc ja tem uma mocinha também.. nao? Depois leio mais seu blog... conte nos mais!
Beijos, prazer, Aline.
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