E o dia se calou...
Foi numa quinta-feira quando tudo se calou.
Não teríamos mais os encontros às sextas-feiras. Não mais as comidas gostosas feitas juntos. Você, eu, Christian e sua esposa. Não teríamos mais as trocas de informacoes, os vinhos tintos, as piadas, as bobagens ditas, as gargalhadas, a sua imitação do Pato Donald onde nossos filhos ficavam fascinados te olhando.
Uma semana antes você estava sentado em nossa cozinha falando do seu filho com muito orgulho.
Uma semana antes você, meu esposo e alguns amigos haviam se encontrado para o dia dos homens. Saíram naquele dia, papearam, foram ao cinema juntos, comeram, beberam. Falaram mal de tudo e de todos e voltaram à noite quando a neve já caía forte. Eu me ofereci para levá-los em casa e você, brincalhao como sempre disse que queria ser o último a ser entregue para ficar sozinho comigo no carro. Caímos todos na risada e os outros disseram que não seria justo essa decisão que teríamos que tirar no par ou ímpar quem seria o primeiro a ser entregue. Eu rindo disse: Não sou boba não, e sou amiga da mulher de vocês todos, o Daniel vai junto como testemunha. Você se virou e disse: -Eita mulher esperta. E assim, eu entendi que você queria ser o primeiro a ser levado para casa, pois essa tinha sido a sua maneira de me pedir sem que os demais percebessem o seu pedido. Sua esposa o esperava em casa com um bebê de 11 meses e mais o seu filho de 6 anos.
É essa a última cena que eu tenho de você, a última que estávamos juntos e você resolveu se calar naquela semana.
Ninguém entendeu o porquê da sua atitude. Ela nao combinava com você.
Ninguém percebeu que naquele dia você estava se despedindo de todos nós.
Eu tinha me prometido escrever um post em sua homenagem, no dia em esta data caísse num dia de eu postar. Sem me lembrar do dia de hoje, na semana passada prometi postar hoje, e ontem quando percebi a data, lembrei do que me prometi.
Há 3 anos você resolveu se calar. Vou te dizer uma coisa, meu amigo. Seu ato doeu em todos nós e ainda dói. Não precisamos saber o motivo. Você o sabia e você mesmo resolveu não discultí-lo com ninguém. Respeito a sua decisao embora nao a aceite.
Estamos indo te levar rosas amarelas. Sei que eram as suas preferidas...
: É expressamente proibido a cópia deste texto e imagens sem a autorização prévia do autor
Foi numa quinta-feira quando tudo se calou.
Não teríamos mais os encontros às sextas-feiras. Não mais as comidas gostosas feitas juntos. Você, eu, Christian e sua esposa. Não teríamos mais as trocas de informacoes, os vinhos tintos, as piadas, as bobagens ditas, as gargalhadas, a sua imitação do Pato Donald onde nossos filhos ficavam fascinados te olhando.
Uma semana antes você estava sentado em nossa cozinha falando do seu filho com muito orgulho.
Uma semana antes você, meu esposo e alguns amigos haviam se encontrado para o dia dos homens. Saíram naquele dia, papearam, foram ao cinema juntos, comeram, beberam. Falaram mal de tudo e de todos e voltaram à noite quando a neve já caía forte. Eu me ofereci para levá-los em casa e você, brincalhao como sempre disse que queria ser o último a ser entregue para ficar sozinho comigo no carro. Caímos todos na risada e os outros disseram que não seria justo essa decisão que teríamos que tirar no par ou ímpar quem seria o primeiro a ser entregue. Eu rindo disse: Não sou boba não, e sou amiga da mulher de vocês todos, o Daniel vai junto como testemunha. Você se virou e disse: -Eita mulher esperta. E assim, eu entendi que você queria ser o primeiro a ser levado para casa, pois essa tinha sido a sua maneira de me pedir sem que os demais percebessem o seu pedido. Sua esposa o esperava em casa com um bebê de 11 meses e mais o seu filho de 6 anos.
É essa a última cena que eu tenho de você, a última que estávamos juntos e você resolveu se calar naquela semana.
Ninguém entendeu o porquê da sua atitude. Ela nao combinava com você.
Ninguém percebeu que naquele dia você estava se despedindo de todos nós.
Eu tinha me prometido escrever um post em sua homenagem, no dia em esta data caísse num dia de eu postar. Sem me lembrar do dia de hoje, na semana passada prometi postar hoje, e ontem quando percebi a data, lembrei do que me prometi.
Há 3 anos você resolveu se calar. Vou te dizer uma coisa, meu amigo. Seu ato doeu em todos nós e ainda dói. Não precisamos saber o motivo. Você o sabia e você mesmo resolveu não discultí-lo com ninguém. Respeito a sua decisao embora nao a aceite.
Estamos indo te levar rosas amarelas. Sei que eram as suas preferidas...
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