Vou começar agradecendo a todos vocês que abraçaram comigo a idéia da blogagem. A Meire o meu carinho especial por total apoio, ajuda, compreensão, pelos selos que ela mesma fez. E pelas risadas gostosas que demos ao trocarmos tantos emails todos os dias.
Hoje é o dia Nacional do Livro e por isso o escolhemos para este tema dificílimo a ser discutido e mais ainda pelo pedido que fiz em trazermos soluces.
Eu fiquei aqui pensando o que eu deveria escrever sobre este tema já que eu mesma escrevi no post convocatório algumas idéias e soluces.
Eu sou completamente a favor de que as escolas, as igrejas, poderiam oferecer um curso noturno durante a semana. Poderia ter o tema: Apoiando à leitura.
As fábricas, as firmas, deveriam abrir as suas portas para oferecer ajuda àquele que não sabe ler nem escrever. Quantos dos que trabalham nessas fábricas mal assinam seus nomes? E isso não é ser alfabetizado.
Meus filhos são criados nas duas línguas. Eles sabem falar, o português, assim como milhares de brasileiros o falam.
Mas me surpreendi quando pedi ao meu filho certa noite antes de dormir que lêsse um livrinho infantil em português para mim.
Ele me disse: Mamãe, eu sei falar a sua língua, mas não sei lê-la e nem escrevê-la.
Esta resposta bastou para me abrir os olhos e pensar que assim são milhares de brasileiros na minha terra, no meu país. São mais de 14 milhões de analfabetos acima de 15 anos.
Eu mesma então me fiz um desafio: Vou alfabetizar o meu filho. E assim começamos todas às noites antes de dormir a nossa leiturinha.
Poucos dias depois eu li o artigo do Ataíde Lemos e a coisa foi ficando bem clara dentro de mim. E foi assim que surgiu a idéia da blogagem.
É trabalhoso alfabetizar alguém? É sim. Corrigir os sons, falar a palavra correta, explicar o significado da palavra. Dá trabalho mesmo.
Mas também dá muita satisfação.
Resultado: Quase 4 meses depois que iniciei essa alfabetização com o Daniel vejo que ele está criando asas na leitura. O marido que é alemão. Não é analfabeto na minha língua, sabe ler e escrever. E eu penso que se até mesmo um estrangeiro é alfabetizado na minha língua, porque não os brasileiros que vivem no Brasil?
Então dicas:
1) Usar material que chame a atenção para a alfabetização.
O material que a criança se identifique.
Quer coisa melhor que livrinho de história?
Ah, ele já é maior? Então algo relacionado com cada idade.
Não basta somente o método, tem muita gente se escondendo atrás dessa desculpa:
Precisamos de método. De mãos especializada.
Não estou dizendo que não, isso é muito importante sim, que fique aqui bem esclarecido.
Mas o quê fazer quando alguém não aprendeu o método de ensinar e tem pessoas na família que precisa ser alfabetizada?
Ou você mete a mão na massa com toda a forca e coragem ou vai saber no seu bairro ou cidade se ela tem um projeto de ajuda à Alfabetização.
2) Como atrair o adulto o interesse em ser alfabetizado? Sim, ele precisa ser atraído, pois onde ele vai esconder a vergonha que sente em não saber ler? Ele terá que enfrentar primeiro o seu próprio preconceito. E esse monstro é enorme dentro dele.
Por isso, que alfabetizar adultos é mais complicado porque os interesses são outros. Que tal usar revistas ou jornais com as notícias ou até mesmo para iniciar somente a manchete do jornal? Aquelas que atraem os olhos por estar escrita em letras garrafais. Ele gosta de futebol? Então comece com a parte dos esportes. É a dona de casa que gosta de cozinhar? Então comece o jornal com a parte de gastronomia. Ensine a elas as palavras que elas vêm todos os dias no mercado ou na feira, mas que só compram porque estão vendo o tomate em sua frente.
3) Ter paciência. Acho isso fundamental para se ensinar de um modo geral, imagina então a ler e a escrever. Não grite, não deboche. Elogia o esforço. Ninguém conhece as dificuldades daquela pessoa para aprender a ler.
Quando eu estava no ginásio, descobri que meu pai só tinha feito até a segunda série primária. Sabia assinar o nome, mas mal entendia um texto. Incentivei-o a estudar à noite. E eu mesma ia com ele à escola para acompanhá-lo. Eu o ajudava na sala de aula. Ele se formou, e se aposentou como Sargento na Polícia Militar. Meu pai era cozinheiro no 2° batalhão em Botafogo no Rio de Janeiro. E eu sinto muito orgulho que ele foi estudar mesmo depois de adulto e que agora na sua aposentadoria pode ler os livros que ele quer.
Eu estou há 15 anos longe do Brasil e não perdi as esperanças de vê-lo alfabetizado.
Obrigada a todos que aceitaram a este desafio.
E agora eu vou visitá-los.
Quem já postou e que eu já li por ordem alfabética:
: É expressamente proibido a cópia deste texto e imagens sem a autorização prévia do autor
Hoje é o dia Nacional do Livro e por isso o escolhemos para este tema dificílimo a ser discutido e mais ainda pelo pedido que fiz em trazermos soluces.
Eu fiquei aqui pensando o que eu deveria escrever sobre este tema já que eu mesma escrevi no post convocatório algumas idéias e soluces.
Eu sou completamente a favor de que as escolas, as igrejas, poderiam oferecer um curso noturno durante a semana. Poderia ter o tema: Apoiando à leitura.
As fábricas, as firmas, deveriam abrir as suas portas para oferecer ajuda àquele que não sabe ler nem escrever. Quantos dos que trabalham nessas fábricas mal assinam seus nomes? E isso não é ser alfabetizado.
Meus filhos são criados nas duas línguas. Eles sabem falar, o português, assim como milhares de brasileiros o falam.
Mas me surpreendi quando pedi ao meu filho certa noite antes de dormir que lêsse um livrinho infantil em português para mim.
Ele me disse: Mamãe, eu sei falar a sua língua, mas não sei lê-la e nem escrevê-la.
Esta resposta bastou para me abrir os olhos e pensar que assim são milhares de brasileiros na minha terra, no meu país. São mais de 14 milhões de analfabetos acima de 15 anos.
Eu mesma então me fiz um desafio: Vou alfabetizar o meu filho. E assim começamos todas às noites antes de dormir a nossa leiturinha.
Poucos dias depois eu li o artigo do Ataíde Lemos e a coisa foi ficando bem clara dentro de mim. E foi assim que surgiu a idéia da blogagem.
É trabalhoso alfabetizar alguém? É sim. Corrigir os sons, falar a palavra correta, explicar o significado da palavra. Dá trabalho mesmo.
Mas também dá muita satisfação.
Resultado: Quase 4 meses depois que iniciei essa alfabetização com o Daniel vejo que ele está criando asas na leitura. O marido que é alemão. Não é analfabeto na minha língua, sabe ler e escrever. E eu penso que se até mesmo um estrangeiro é alfabetizado na minha língua, porque não os brasileiros que vivem no Brasil?
Então dicas:
1) Usar material que chame a atenção para a alfabetização.
O material que a criança se identifique.
Quer coisa melhor que livrinho de história?
Ah, ele já é maior? Então algo relacionado com cada idade.
Não basta somente o método, tem muita gente se escondendo atrás dessa desculpa:
Precisamos de método. De mãos especializada.
Não estou dizendo que não, isso é muito importante sim, que fique aqui bem esclarecido.
Mas o quê fazer quando alguém não aprendeu o método de ensinar e tem pessoas na família que precisa ser alfabetizada?
Ou você mete a mão na massa com toda a forca e coragem ou vai saber no seu bairro ou cidade se ela tem um projeto de ajuda à Alfabetização.
2) Como atrair o adulto o interesse em ser alfabetizado? Sim, ele precisa ser atraído, pois onde ele vai esconder a vergonha que sente em não saber ler? Ele terá que enfrentar primeiro o seu próprio preconceito. E esse monstro é enorme dentro dele.
Por isso, que alfabetizar adultos é mais complicado porque os interesses são outros. Que tal usar revistas ou jornais com as notícias ou até mesmo para iniciar somente a manchete do jornal? Aquelas que atraem os olhos por estar escrita em letras garrafais. Ele gosta de futebol? Então comece com a parte dos esportes. É a dona de casa que gosta de cozinhar? Então comece o jornal com a parte de gastronomia. Ensine a elas as palavras que elas vêm todos os dias no mercado ou na feira, mas que só compram porque estão vendo o tomate em sua frente.
3) Ter paciência. Acho isso fundamental para se ensinar de um modo geral, imagina então a ler e a escrever. Não grite, não deboche. Elogia o esforço. Ninguém conhece as dificuldades daquela pessoa para aprender a ler.
Quando eu estava no ginásio, descobri que meu pai só tinha feito até a segunda série primária. Sabia assinar o nome, mas mal entendia um texto. Incentivei-o a estudar à noite. E eu mesma ia com ele à escola para acompanhá-lo. Eu o ajudava na sala de aula. Ele se formou, e se aposentou como Sargento na Polícia Militar. Meu pai era cozinheiro no 2° batalhão em Botafogo no Rio de Janeiro. E eu sinto muito orgulho que ele foi estudar mesmo depois de adulto e que agora na sua aposentadoria pode ler os livros que ele quer.
Eu estou há 15 anos longe do Brasil e não perdi as esperanças de vê-lo alfabetizado.
Obrigada a todos que aceitaram a este desafio.
E agora eu vou visitá-los.
Quem já postou e que eu já li por ordem alfabética:
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