Você faz toda a diferenca!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Adolescentes, como ouví-los?


Estou estes dias lendo alguns casos tristes na internet de pai que matou a filha por enes motivos que nao consigo entender tanta agressividade com uma crianca.
O Brasil está ficando conhecido com esses casos drásticos e tristes.
A Isli minha sobrinha quando veio para ficar conosco um ano, chegou aqui na maior tristeza porque teve que terminar com o namorado antes de vir.
Conversa vai conversa vem, eu quis saber no que ele era tao bom que ela morria e caía em lágrimas e amores por ele.
Ela me contou o que toda adolescente aos 16 anos conta. Que ele morria de ciúmes dela e que ela gostava desse ciúme, pois isso para ela era sinal de que ele a amava. Ele é tao ciumento, tia, me contava ela, que ele me pegava forte pelo braco, me tirava da minha roda de amigas, puxava os meus cabelos e depois a gente se amava escandalosamente.
Vocês podem imaginar como eu fiquei ouvindo algo assim?
Com o tempo, fui mostrando a ela que o Amor nao é e nem pode ser agressivo, nem em gestos e nem em palavras. Que o verdadeiro Amor, nos coloca prá cima, faz da gente mais gente ainda.
Que aquele que Ama deve querer o melhor da outra pessoa e que o Amor anda junto de maos dadas porque se um tropecar a mao do Amor está ali para ajudar.
Conversei com ela muitas vezes, o Christian também tentando mostrar prá ela a diferenca entre Amor, doenca e sexo.
Eu acho incrível como tem jovens que mesmo sabendo que o cara nao é gente fina, insiste em ficar, achando que ela pode mudá-lo, ou pensa que o amor é assim mesmo.
Quando ela voltou para o Brasil, a luz acendeu dentro dela. Ela viu essa diferenca e escolheu seguir um outro caminho.
Hoje ela está fazendo faculdade e trabalhando. Já teve vários namorados depois "daquele".
Ela diz que sempre lembra das nossas conversas. Hoje é ela quem aconselha a filha da vizinha que passa pelo mesmo problema que ela já passou.
Fiquei pensando quantas mocas poderiam ter um destino diferente se conversássemos mais com elas. Você poderá me dizer: - Georgia , mas elas nao querem conselho.
E eu te respondo: A conversa tem que ser uma constante. Tem que haver sinceridade, nao se pode mentir. Quando geramos um ponto de seguranca entre a adolescente, ela nos ouve.

Quer aprender mais em como lidar com esta fase? Leia: As cinco linguagens de Amor para Adolescentes de Gary Chapman. Você vai mudar sua maneira de ser e vai contagiar quem precisa de ajuda nesta idade.

Bom fim de semana

Atenção: É expressamente proibido a cópia deste texto e imagens sem a autorização prévia do autor.

21 comentários:

Eliane Pechim disse...

Adorei o seu post, Georgia, mas só no Brasil? E os casos da Áustria, dos EUA, da europa em geral que a gente lê sobre casos parecidos? Infelizmente esse é um problema que acontece em todo mundo, em diferentes classes sociais e independente da cultura e raça da pessoa. Se o Brasil está ficando famoso por isso, então é porque está copiando a europa e os EUA, onde casos como esses pipocam na mídia o tempo todo. Infelizmente. Um beijo

Pedrita disse...

infelizmente esse amor passional latino é reforçado às vezes, parece q ama de verdade pq é intenso, seja no amor seja na violência. o brasil tem um número muito elevado de mulheres mortas pelos seus companheiros e isso vem desse amor latino e do machismo. vcs fizeram bem, eu tb sempre converso q o bom é amor é o amor saudável. violência não é prova de amor. beijos, pedrita

João Menéres disse...

Excelentes as vossas palavras, GEORGIA !
Ciúme, mesmo em dose pequenina, é sinal de complexo, de insegurança.
A tua sobrinha vai ADORAR-TE a vida toda !


Um beijo.

Dribook disse...

Gostei muito deste assunto.
Tenho uma filha de 18 anos e ano passado ela conheceu o primeiro amor de sua vida.
Só que ela era a controladora e ciumenta!
O rapaz estava curtindo o momento.
Quando ele decidiu terminar, ela chegou a ficar internada com uma forte urticária no corpo por conta do abalo emocional.Sofri junto!
Sempre tento conversar em como é importante a segurança, e a autoconfiança...pois não nascemos grudados em ninguém.

Nathalia Passarinho disse...

POxa que história, eu, por ser uma adolescente me "considero velha".
Pois muitas meninas da minha idade, tem somente a prioridade de Namorar- achando-se, que o namoradinho irá sustenta-lá no futuro.
Nada melhor que uma boa conversa Neh?

Amei Aqui, ti sigo
Bejoo

http://nathydorgas.blogspot.com/

chica disse...

Conversar, conversar e conversar, sempre abertamente e francamente...Pode ajudar muito! beijos,chica

Maria Luiza disse...

O diálogo é tudo. Como católica sou adepta a orar muito, pedido proteção .É escandalosamente triste os rumos da violência. Um ótimo fim de semana!

Lúcia Soares disse...

Georgia, felizmente sua sobrinha ouviu a você e a seu marido. Foi uma benção. Nem todos nos ouvem. E nem só adolescentes. Minha filha se casou aos 26 anos, com um rapaz contra o qual a alertamos de todas as formas. Ele não é má pessoa, nunca a agrediu fisicamente, mas foi mestre na arte de humilhá-la com palavras. Mesmo assim ela se casou e teve uma filha, a nossa alegria, Letícia. Ele é um excelente pai, é um ótimo filho, mas não sabe amar sem ser subjugando.
Hoje minha filha reconhece que devia ter nos ouvido, mas também não se diz arrependida, pois a filha é sua riqueza.
Então, muitas vezes, por mais que falemos, não somos ouvidos. Depende muito da pessoa.
Graças a Deus sua sobrinha teve juízo e sabedoria para deixar o namorado.
Beijo!

Depois dos 25... disse...

Ge!!!!! Não sou chegada a cabelo vermelho, mas o seu ficou lindo!!! Te deixou mais jovem, bonita, renovada!

Depois conta se é fácil de manter!

Beijos

Beth/Lilás disse...

Geórgia!
Você tem razão quando diz que se tem que conversar muito com os jovens, pois é a partir das reflexões e exemplos que eles tomam suas decisões.
Quando insistem, geralmente erram e colhem os frutos indesejados.
umgrande abraço carioca

Tucha disse...

Os hormonios em ebulição fazem com que tudo na adolescencia seja vivido com muita intensidade. E o caminho é mesmo a conversa sincera, a reflexão, o apoio... uma digamos assim educação sentimental. E pra vc está experiência com sua sobrinha tb ajuda, pra qdo chegar o momento adolescente da sua dupla.

Allan Robert P. J. disse...

A violência contra a mulher não respeita fronteiras. Por aqui as barbaridades acontecem todos os dias, mas a sociedade italiana começa a aprender a denunciar.

Anônimo disse...

Oi AMIGA,
Voce ja falou tantas vezes desse livro e eu nao comprei. Conversar com adolescente é preciso e com muito tato e muito esclarecimento como voce fez com sua sobrinha. Mulher se coloca no lugar do objeto na nossa cultura. Muito ruim, termina mal desse jeito, por que começa mal.
Quanto a esse pai que matou a filha, acho que nao li e nao vi jornal. Nao aguento ficar lidando com essas violencias todas. O Brasil tem que dar um refresco. Isso é a falta total de moralidade, de muitas instanciase instituiçoes, a começar pelo governo.
Um beijo e bom domingo com a familia!

Roberta de Souza disse...

Nessa idade sempre achamos que sabemos tudo, né??
E existe cada gosto!

Querida, mas vim aqui hoje por uma causa mega importante!
O prazer de ser solidário! Conto com vc, ok?
Passe no Caminhar e conheça nossa campanha:
http://precisocaminhar.blogspot.com/2011/06/ela-doa-seu-amor-para-as-criancas.html

Bjkas
Beta

Gaspar de Jesus disse...

Amiga Georgia
Antes de mais quero pedir mais uma vez desculpa pelas minhas ausencias. Depois, quero dar-lhe sinceros parabéns por incutir lições de vida na cabecinha da jovem sobrinha.
Acredito que o Mundo será bem melhor quando os mais jovens aceitarem "abrir e ler o livro" que está em cada um de nós.
Despeç~-me com um beijinho extensivo às crianças.
Gaspar de Jesus

Cristina Caetano disse...

É assustador que ainda pensem dessa forma. É lógico que é muito doloroso terminar um relacionamento quando gosta-se do outro, mas para ser um bom relacionamento é preciso haver respeito.
Nunca gostei que sentissem ciúmes de mim nem que provocassem ciúmes em mim. Não gosto de joguinhos num relacionamento porque amor não é isso. E a maioria continua equivocada sobre o que é amar.
Fiquei feliz em saber que sua sobrinha ouviu com a mente aberta o que vocês tinham a dizer.

Beijão

Dribook disse...

Oi Georgia!!! Obrigada pela visita em meu blog! Sigo seu blog de resanhas desde que criei o meu.
Aliás seus blogs são inspiradores!!!
Grande beijo!!

Bel disse...

Eu lembro BEM do período da Isli aí... e que bom saber que ela escolheu o melhor caminho! E ao te dar o livro de Gary Chapman foi mesmo pra te preparar para a adolescência dos teus... Me ajudou muito com a minha fase de mãe-de-adolescente!

Beijo, querida!

Bergilde Croce disse...

Ótima postagem Georgia com um alerta importantíssimo e que deve ser reforçado sempre pois esse é um problema real que está ficando infelizmente banal não apenas no nosso querido Brasil,mas em todo o mundo.
Abraço pra ti e os teus aí!

Regina Coeli Carvalho disse...

Georgia,
Essa triste realidade não acontece somente com adolescentes. Há mulheres "maduras" que ainda associam ciúmes com amor, se deixam levar, são agredidas e acreditam que o amor pode transformar uma relação.
Quanto as conversas com adolescentes eles nos escutam sim, depende da forma como abordamos a situação.
Costumo usar uma frase do Padre Zezinho quando faço encontro de pais que nos faz refletir como influenciamos no comportamento dos nossos jovens.
"Há muitos jovens vazios, porque há poucos adultos transbordando."
Quando transbordamos de amor, de afeto, de comprensão nossos jovens tendem a ter comportamentos semelhantes.
Meu abraço saudoso.

Celia Rodrigues disse...

Geórgia, é tão triste essa deturpação dos valores! E como a falta de orientação produz pessoas mal resolvidas, não é? Pessoas tristes que pensam que a vida tem que ser tão difícil! Que bom que sua sobrinha descobriu que as coisas não são bem assim.
Abraço!