Você faz toda a diferenca!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Deficientes Físicos



Meus filhos foram para um Jardim da Infância chamado especial. Nao que eles tenham algum problema físico. Nao, foi por livre escolha e bem pensada escolha.

Esse Jardim de Infância tem 4 grupos de criancas e as professorinhas desse Jardim trabalham com criancas deficientes e as criancas consideradas sem nenhum problema, brincavam com elas, aprendiam com elas sem nenhuma diferenca.

A diferenca fazemos nós adultos. Vejam bem, quando eu dizia que tinha matriculado meus filhos naquele jardim, as pessoas me perguntavam:

Mas você nao sabia que naquele jardim têm deficientes? E eu respondia:

Sabia sim e foi por isso a minha decisao. Quero que meus filhos aprendam a ver o deficiente de igual para igual nao com cara de espanto como a tua.


É preciso ter coragem para mudar a tua própria atitude. Tudo em palavras é muito bonito e fácil. Difícil mesmo é proceder no dia a dia. Nao sou muito de palavras, sou mais de acao.

Atenção: É expressamente proibido a cópia deste texto e imagens sem a autorização prévia do autor.

30 comentários:

Bergilde disse...

Mas qual é o conceito de normalidade?!
Vivemos hoje a Pedagogia da Inclusão e isso deve valer em toda parte.Somos diferentes,somos todos especiais. E as escolas modernas são obrigadas legalmente a aceitarem e terem professores preparados para lidar com as diferenças. As crianças são maravilhosas e entre elas não fazem caso dessa carga de preconceito e discriminação dos adultos mal informados e pobres de espírito,ao meu ver.
Abraço grande,
Bergilde

chica disse...

Isso é maravilhoso que eles vejam e convivam com isso...Fica algo natural pra eles e não fazem diferenças.Lindo!beijos,chica

Regina d'Ávila disse...

Como disse a Bergilde, o que é normal? Qual seria a definição para nossos dias, para nossas crianças? Criança é criança, sempre pura, inocente e igual...Gente tem que ser Gente. Alguns adultos nem sempre são “gente”.
Acho linda sua iniciativa... e acho que esta sim deveria, sempre, ser uma decisão normal. Todos juntos tentando fazer um mundo igual... melhor. E tenho certeza que todos ganham com esta integração ...pais, filhos, amigos.
Assim, quem sabe, o mundo volta a sua normalidade... sem esta imensa inversão de valores. Respeito ao ser humano... Todos...Somos todos seres humanos, independente de qualquer nome, independente de qualquer motivo ou razão.
Parabéns amiga...como sempre você nos dando uma linda lição de como ser “Gente”, no sentido mais bonito e amplo.

Super beijos,
Regina d´Ávila.

Ana Lucia disse...

Achei tua decisão muito sensata. Concordo plenamente. Sou a favor da inclusão, mas feita de maneira correta e mais justa.
Mas vejo que algumas escolas acabam dando prioridade aos deficientes e deixando os "ditos normais" de lado... Por mais que seja deficiente, não concordo em beneficiá-los em detrimento dos outros alunos!


Falo isso porque uma amiga dá aula numa escola pública em São Paulo. Tem um aluno na sala que é deficiente auditivo. Ela tem que ficar na frente dele, falando bem devagar... Com isso, vai deixando os outros de lado, já que a atenção acaba sendo monopolizada.

Se a instituição escolar e os profissionais da pedagogia trabalharem mais essa parte, aí sim, vai ser um sucesso!

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

Kiara, o assunto é imenso e os problemas se acumulam. Nem precisamos ir muito longe nao. Certa vez li num blog, nao me lembro mais em qual que no Brasil há uma lei que beneficia os morenos na cor. Isto é; nossos irmaos de pele mais escuras, pagam menos na faculdade devido a sua cor. Nao é uma loucura isso? Onde já se viu alguém ter a mensalidade reduzida na faculdade por ser negro? Nao seria o puro preconceito assinado, lavrado e documentado?

O mesmo se dá com os deficientes físicos. O que mais me dói é o olhar de piedade. Eles nao estao pedindo piedade, eles estao pedindo pelo amor de Deus me tratem de igual para igual.

Um abraco

Ana Lucia disse...

Georgia... você está certíssima. É lamentável mesmo!

Pessoas que se aproveitam de uma parte triste da nossa história, pra se fazerem de vítimas e obterem vantagens. Porque a política de lei de cotas, partiu desse princípio, de reparação histórica!

Essa lei ainda não foi votada e sancionada pela presidente, mas algumas universidades já adotaram alguma política de cotas raciais ou socioeconômicas. Só a UnB adotou somente racial.

Veja esse blog, por favor:

www.noracebr.blogspot.com

É da luta contra a Racialização do Brasil! Vale a pena ler, porque explica melhor essa aberração de política!

Quanto aos deficientes, a maioria deles são exemplos de superação e anti-coitadismo. Tenho amigos que são deficientes e recebo muitos conselhos bons deles!

Mas infelizmente, há uns e outros que se aproveitam e muito! Na hora de empurrar os outros no trem, tomar lugar dos outros sem ser o assento preferencial...

Uma moça chegou perto pra ajudar um cadeirante a atravessar a rua, ao invés de um "não precisa, obrigada", ele simplesmente deu um tapa forte no rosto dela. Acho que é gente assim como ele que contribui para a discriminação contra deficientes físicos!

Pedrita disse...

aqui há vários projetos de inclusão, mas nem todas as escolas estão preparadas para dialogar qd o preconceito surge. beijos, pedrita

Anônimo disse...

E... quem haveria de copiar seus textos? o qual é o valor literário ou idealista eles oferecem a não ser as ideáis de uma simples dona de casa que vive na Alemanha, querendo mostrar a cultura de um país tão evoluído como se, fossemos ingorantes em relação ao mundo que nos rodeia? E, quais suas imagens alguém deveria querer salvar para seus arquivos?
Ahh os pseudos intelectuais que rodeiam a blogsfera.
A presunção mora aqui.
Silvia

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

Silvia, e como mora meu bem. Somente quem é dona do seu nariz como eu assina e se mostra e nao se sconde atrás de um pseudo.

Eu sei muito bem quem sou e para que eu nasci.


Um forte abraco e volte sempre

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Parabéns Georgia pela atitude.

É muito bom se sentir 'igual'.
Eu tenho um amigo que o chamam de 'deficiente visual', pode acreditar, conheço poucas pessoas que vêem tão bem quanto ele. Acredito que por um mundo mais justo essas barreiras precisam deixar de existir, precisamos de pontes como essa que você começou a construir.
Adorei ouvir tua experiência. bjsss

Mari Hart disse...

Oi querida! Tenho um filho de 4 anos tetrapl´gico, portador de paralisia cerebral e o que sempre tento dizer sobre a questão da inclusão, é que não são só os deficientes quem ganahm com a convivência com os ditos "normais", mas sim o contrário tb. É muito importante p/criança "normal" conviver com as diferenças e assim crescer sem preconceitos. A inclusão começa do berço, é desde cedo que se ensina.

BJão e paarbéns pela participação!

Mari Hart disse...

Oi querida! Tenho um filho de 4 anos tetrapl´gico, portador de paralisia cerebral e o que sempre tento dizer sobre a questão da inclusão, é que não são só os deficientes quem ganahm com a convivência com os ditos "normais", mas sim o contrário tb. É muito importante p/criança "normal" conviver com as diferenças e assim crescer sem preconceitos. A inclusão começa do berço, é desde cedo que se ensina.

BJão e paarbéns pela participação!

Georgia disse...

Também sou totalmente a favor da inclusão, e bela resposta que vc deu quando te perguntaram pq matriculou seu filhos exatamente nesse jardim!
Seus filhos serão pessoas melhores com certeza, sabendo que todos somos iguais, alguns com certas limitações e diferenças, mas todos com os mesmos direitos.

Bjus!!

Mylla Galvão disse...

Belo post amiga!
Sabe? Eu achei interessante essa blogagem e vi um texto a respeito. Pena que não cheguei a tempo de participar, pois gosto do tema!
Vc é uma pessoa maravilhosa e os preconceituosos estão por fora!

A Elaine falou sobre o preconceito e achei maravilhoso o post dela!

bjo

Lúcia Soares disse...

Georgia, cada vez lhe tenho mais admiração!
Criei meus filhos ensinando-os a olhar todos da mesma maneira.
Uma vez estava num consultório de pediatria com minha filha mais velha, na época com uns 4 anos de idade. O médico estava atrasado, tinha uma padaria perto, fui lá comprar uma água e alguma coisa para minha filha comer, pois já esperávamos há muito no consultório.
Na padaria estava uma mãe com a filhinha, mais ou menos da idade da minha, portadora de Síndrome de Down.
Minha filha, tão logo se aproximou da menina, sorrindo e querendo "fazer amizade", a mãe pegou-a no colo e a colocou em cima do balcão, ficando na frente da criança, como a escondê-la. Nunca me esqueci dessa cena. Minha filha nada entendeu, ficou sem graça, e eu nada falei.
Pela atitude dessa mãe, vê-se que muitas vezes a própria pessoa ensina o preconceito. No caso, ela devia ter "vergonha" da filha e ela mesma a discriminava!
Preconceito é um mal de todas as épocas e nunca deixará de existir.
Beijo!

Pandora disse...

Eu já comentei aqui algumas vezes, mas acho que vou me repetir hoje e dizer que "sou apaixonada pela sua forma de educar"! E que bom que vc compartilha de suas experiencias com seus leitores, nós aprendemos com vc!!!

Regina Coeli Carvalho disse...

Querida,
Minha filha estudou da 1ª a 8ª série em uma escola que aceitava crianças especiais. Elas eram integradas as turmas e as outras crianças ditas "normais" eram preparadas para o convívio.
A criança não tem preconceito e convive bem com as diferenças.
O problema está nos adultos que sempre questionam sobre esse tipo de convivência.
Para alguns, a criança especial é vista como algo contagioso. Infelizmente ainda se pensa assim.
Carinhoso abraço procê.

Anônimo disse...

Georgia, voce realmente mata a cobra e mostra o pau!!! Que beleza de atitude. Eu ja estava me achando muiro bacana por que tirei minha filha de uma escola de milonarios e coloquei numa escola de crianças comuns, como todo mundo. E por isso, tao especiais quanto todas as outras. É uma escola bastante inclusiva em todos os sentidos. Mas nao tem um foco nas necessidades especiais, como essa de seus filhos.
O que voce fez foi muito, muito bacana mesmo. So se aprende assim mesmo. Teoria é teoria e vei pelos ares.
Parabens amiga!!!!
Voce subiu mais 10 degraus no meu conceito. Puxa, sera que ainda tem degrau?
Beijos e o carinho da Cam

Beth/Lilás disse...

Georgia, querida!
Muito sensata e de visão ampla sua atitude, pois é assim que o mundo se abre para mais fraternidade e gestos amorosos.
beijos grandes, cariocas

Aninha Pontes disse...

Ge:
O importante disoo tudo, dessa sua atitude, é que eles crescem e convivem com crianças portadoras, mas isso se torna normal, como tem de ser.
A criança é honesta, sincera, apenas fatos e coisa diferentes lhes causam estranheza. Nesse caso, nada lhes será estranho.
Parabéns pela atitude.
Um beijo

Anônimo disse...

Essa é minha amiga,
autentica, e que mãe CORAJOSA, esse foi mais um dos grandes ensinamentos que vc deu p seus filhos.bjs.Simone

Cadinho RoCo disse...

Sou confesso admirador da maneira como educa seus filhos.
Cadinho RoCo

Unknown disse...

Pelo que consegui captar falo com uma pessoa lutadora, que sabe o que quer da vida e que se supera a cada minuto. Quanto ao jardim de infância dos filhotes é mais uma feliz escolha a sua. Parabéns para você por tudo que faz e obrigado pelas palavras no meu blog.

Tucha disse...

Acho que destas atitudes como a sua que vamos ajudando a criar um outro tempo mais inclusivo, mais participativo. E são as "simples Donas de casa" que fazer a diferença, especialmente aquelas que não têm medo de dizer o que pensam e escrevem sempre de modo simples e direto suas experiências.

Allan Robert P. J. disse...

Sem dúvida a sua decisão foi muito corajosa. Minhas filhas tem algumas amigas com dificuldades de aprendizado, pois as escolas por aqui costumam misturar todos, desde que a dificuldade de aprendizagem não impeça a criança a passar de ano (mesmo com alguma ajuda). As escolas especiais são abertas apenas para os casos mais sérios. Infelizmente esses casos mais sérios acabam indo parar em alguma entidade onde passam o dia, longe da família. :(

Mi disse...

acho que uma boa parte das pessoas ainda nao consegue se livrar desses preconceitos. Mas o mito que envolve as pessoas deficientes é justamente causado por esse isolamento. Muito legal a sua decisao. bjs!

Sonia Schmorantz disse...

Deficiente é nossa visão de mundo que nos faz preconceituosos. Fez muito bem em mostrar na vivência, aos seus filhos, de que somos todos iguais em nossas diferenças.
beijos

Gaspar de Jesus disse...

Georgia, minha amIga, GRANDE MULHER E MÃE.
Apesar de ainda não nos conhecer-mos pessoalmente, sempre achei que você tinha coragem para um gesto de tão grande dignidade!
Tenho muito orgulho em a ter como AMIGA.
beijinho
G.J.

Cristina Caetano disse...

Se mais fossem iguais a você, Ge... o mundo em que vivemos seria bem melhor. Eu tive a sorte de ter uma mãe parecida com você que me ensinou a encarar o deficiente de igual pra igual, não só os físicos, mas os mentais também... e ainda me incomoda ver pessoas encarando um deficiente como se ele estivesse num zoológico.

Beijos

sonia a. mascaro disse...

Georgia, acho também muito importante que nossos filhos possam conviver com a diferença e praticar a inclusão de todos no nosso universo.
Bjs.