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sábado, 8 de janeiro de 2011

Estamos andando como vacas seguindo o barulho dos sinos?


As festas passaram, as férias acabaram e agora voltamos firme e mais forte, rs.
Fiquei estes dias pensando em muitas famílias que conheci e que conheco e nos seus filhos que hoje cresceram e como cada um se abriu para a vida. Muitos de nós sentimos falta da infância, isso significa que tivemos uma infância feliz, mas outras criancas nao tiveram a mesma felicidade e sua infância foi um verdadeiro trauma e que lhes afetam a sua vida de adulta.
Eu observei por exemplo que meninas que tiveram problemas com o pai, crescem com uma certa agressividade que ela mesma nem sabe de onde vem. Que é difícil a superacao ao longo da vida dela.
É inacreditável que a fase destinada a brincar e sonhar possa registrar tantos traumas que lhe seguirao pela vida a fora..
Outro ponto que marca demais a infância é o trauma da feiúria e o trauma da obesidade. Quantos adultos crescem na inseguranca porque na infância passaram por cruéis deboches dos colegas de escola e porque nao dizer por deboche até mesmo da própria família. Palavras. Essas têm um poder extraordinário. Tanto podem construir como destruir vidas.
Hoje em dia estamos andando como vacas seguindo o barulho dos sinos. E o maior barulho é ditado pela Mídia. Moda, Beleza, Status, Roupas de marcas têm feito um efeito enorme na nossa maneira de viver e exigindo de quem vive ao nosso lado também. As criancas estao sendo educadas que têm que ser magras, nao porque devem se alimentar bem e com qualidade, mas porque a Figura é importante. E se nao seguirmos esse padrao estamos fora, nao entramos na rodinha. E isso, têm seguido nossas criancas na escola e pelo resto de suas vidas.
Quanto tempo perdido somente com a aparência. A maioria dessas criancas crescem introspectiva, sente inferioridade e inseguranca diante das outras pessoas, principalmente no trabalho mais tarde. Elas nunca se dao por satisfetas, estao sempre buscando algo, sacrificando algo para compensar essas deficiências da infância.
Minha pergunta é: Por que queremos tanto mostrar para os outros aquilo que nao somos, aquilo que nao temos? Por quanto tempo ainda vamos continuar nos enganando?
Atenção: É expressamente proibido a cópia deste texto e imagens sem a autorização prévia do autor.

18 comentários:

Menina no Sotão disse...

Porque ainda nos preocupamos com o que o outro pensa. Eu não ligo, nunca liguei. Sou isso que sou e se não agrada, não é problema meu. Já fui chamada de chata por isso e dei de ombros porque aprendi desde cedo que preciso agradar a mim mesma e não aos outros. rs
Tive muita sorte: tive pais maravilhosos.
Bacio carissima, bom fim de semana

Ps. Amei a música de hoje. Eu amo Tom Jobim e Luiza é show.

Pandora disse...

Sempre acho fascinante como aprendo sobre a arte e o trabalho de educar aqui no seu espaço... É um convite a reflexão enorme esse o que vc nos faz com suas postagens e só posso dizer obrigada! É bom ouvir suas palavras, soam como conselhos de mãe!

E sim, essa coisa de vacas seguindo o barulho do sino faz sentido, me fez lembrar uma conversa que tive recentemente com um amigo que virou discussão... Ele falava justamente sobre roupas e derivados... Uma coisa infinitamente chata, detesto gente querendo dizer o que tenho que fazer e quando leio coisas assim, escritas por pessoas que respeito e admiro, me sinto ainda mais firme para continuar brigando para ser o que sou e pensando que não preciso me vestir como a ou b para ser respeita, o que preciso é ser competente!

Beth/Lilás disse...

Georgia querida!
Muito legal sua abordagem sobre este tema. Inclusive hoje, falando com uma amiga ela dizia justamente do seu espanto pela sobrinha passar alguns dias de férias em sua casa e a mãe enviar todos os apetrechos da Victória Secret para ela usar depois do banho, porque sua menina só usava esses produtos.
Peraí, todo mundo aqui sabe que eles são baratézimos em NY, eu mesma comprei montes para dar de presente aqui, mas no Brasil é um item de consumo caro e supérfluo, portanto criar uma menina com hábitos tão fúteis e ligados à marcas é realmente uma bestialidade.
Tem gente criando cobras ao invés de filhos.
beijinhos cariocas

João Menéres disse...

Importante o conteúdo e a mensagem da tua postagem, GEORGIA.

Esta SAIA JUSTA nunca contém bobagem !


Um beijo e a minha admiração continuada.

chica disse...

Forte e verdadeiro texto...Isso mesmo.Anda faltando valores que são muito melohores do que isso. E a culpa além da mídia, não pode ser apenas dela.Pais e mães que se rendem ao consumismo exagerado e tudo mais, mostram esse exemplo...beijos,tudo de bom,chica

Sonia Sant'Anna disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sonia Sant'Anna disse...

Tem razão Georgia, o que deveria ser visto como um modo saudável de viver - alimentação racional + exercício - tornou-se obsessão, levando ao exagero e fazendo infelizes as que querem a todo custo se adequar ao modelo proposto pela mídia. Mal sabem elas que as fotos das "deusas" passam por retoques e photoshop.

Mylla Galvão disse...

Verdade né amiga? Eu já não ligo para isso... Querem falar? Falem... não tô nem aí!
Mas sabe? Gostei de seu texto. Me identifico com ele e ele remete ao texto que postei no Ideias. Se puder, dá uma passada lá e me diga o que achou do texto, pot favor!
Eu sofri mto na infância e adolescência com as palavras proferidas pelos outros - Bullying, podemos dizer assim... Hj procuro me policiar ao máximo para não fazer a mesma coisa com os outros. Aprendi e ainda estou aprendendo a duras penas...

Bom fim de semana!

bjo

Gisa disse...

Geozinha querida, voltou firme e forte ? espero que eu consiga fazer o mesmo rsrsrs

Acho que os valores e principios estão ficando para trás e o mundo gira em torno da beleza e riquiza. Infelizmente, nossos filhos estão expostos a este ambiente e na maioria das vezes os pais não conseguem administrar bem e ciclo continua.

MAS, a esperança continua, ano novo, novas lutas, vamos continuar mostrando que a essência do ser humano é o que realmente importa.

Um enorme beijo pra você e familia.

Pedrita disse...

eu sempre penso no termo infância perdida. por sorte, apesar de uma infância triste de alguns, há momentos felizes, q ajudam a diminuir as dores. beijos, pedrita

Allan Robert P. J. disse...

Georgia,

Infelizmente o comportamento das crianças reflete a sociedade em que vivemos. Os valores desta sociedade mudaram e continuarão mudando. Minha esperança é que as pessoas voltem a dar importância às qualidades de cada um e que a beleza deixe de ser um padrão que dita regras. Sou otimista, eu sei. :)

Gisley Scott disse...

OLá Gegê,

creio que tenha a ver com a síndrome da compensação...Acho que essa é uma das razões pelas quais as pessoas se dão bem melhor com seus perfis na net como orkut,facebook, etc pq lá a gente escreve o que quer que os outros saibam sem que as pessoas realmente saibam do que se passa em nossas vidas..

Como disseste, muitos desses adultos nasceram, mas não tiveram uma infância.Eu tiro por aqui: a criança nasce e é isolada,vítima dos torpedos, das páginas da internet...Maioria das pessoas têm internet nos seus celulares por aqui...Ontem eu vi algo muito engraçado:eu e meu esposo fomos a um restaurante e tivemos que esperar 25 min pra ter uma mesa disponível.Nesse meio tempo conversamos,procuramos o que íamos comer, chegamos em um acordo.

Em outro banco em frente à gente, tinha um casal mais velho.Eles não estavam conversando, mas estavam navegando na net pelo telefone celular.Achei aquilo tão estranho..Pra mim, se eu quisesse navegar na net,ficaria em casa,pra quê ir pra um restaurante e gastar tempo fazendo isso?

A maioria dos jovens que eu conheci não sabe conversar,são muito avoado, não tem base de vida e nem sabe se relacionar pq foi criado nesse mundinho midiático do "aperte o botão".

Ótima reflexão pra começar a semana!
Bjos

Bergilde disse...

Georgia,há muito mesmo pra ser refletido sobre o conceito de uma infância sadia e feliz.O filho imaginario na maioria das vezes não corresponde ao real e aí começa a problemática ao interno da família(já fiz pesquisas sobre isso,está no site da biblioteca virtual em saúde).
Acredito que pais conscientes deixam seus filhos livres pra viver as próprias vidas,servindo como guias nessas escolhas.
Mas,reconheço que é complicado e fascinante ao mesmo tempo essa missão e por isso muitos casais que conheço também não têm coragem de entrar nessa aventura não porque não podem conceber,mas porque têm medo do que virá depois.
Ótimo texto seu,abraços e boa semana!
Bergilde

Mimirabolante disse...

Geórgia....com muita pena,afirmo,os valores são outros!!!
Amiga,acabei de chegar do sítio e li o seu comentário.....Quero participar.....Dê as coordenadas,ok???Aguardo....bjcas

Roberta de Souza disse...

Ge, sabe que hoje em dia isto está demais??
Quando eu era criança nem me ligava nisso, hoje minha sobrinha que é magra e alta e tem só 11 anos, se acha enorme de gorda, pode??

Estamos todos alertas com ela, não queremos que ela fique doente, né?
Graças a Deus minha mãe é psicóloga e avó, e está conseguindo contornar isso...
É péssimo isso e a menina é linda!

Isso é o que ela vê na TV...

bj

Nana disse...

Essa ditadura da socieda eh terrivel mesmo.. Bjs e fik com Deus.

Cristina Caetano disse...

Eu não sei se sinto falta da infância, sinto falta do meu avô que fez parte dela, mas lembro dela com alegria porque foi muito feliz e bem aproveitada.

Mas também já pude observar o quanto ela é importante na formação de um adulto sim, Ge. Porque ao saber da infância de outros fica mais fácil compreender o porquê de certas atitudes numa pessoa adulta. Acho uma crueldade essa imposição por uma determinada aparência. Hoje em dia os pais têm de estar muito mais atentos ao que a mídia transmite e impõe como um padrão de beleza do que na minha época.

Beijos

Lúcia Soares disse...

Georgia, esse tema sempre me preocupou. Tive pouco na vida, em termos materiais, enquanto criança e jovem. Depois que me casei, tenho uma vida regrada, boa, graças a Deus. Criei meus filhos dando-lhes sempre menos do que poderia, não por "pão-durismo", mas para criar neles a certeza de que valemos pelo que somos, não pelo que temos.
Beijos!