Você faz toda a diferenca!

domingo, 30 de março de 2008

A escolha


A vida é feita de escolhas. Quando o Daniel chegou na idade de ir para o Jardim da Infância, eu visitei 8 deles em nossa cidade. Foi uma trabalheira, pois eu cheguei com muitas perguntas para a diretora. Muitas delas ficaram me olhando com uma expressao esquisita. Me pareceu que eu estava perguntando coisas do arco da velha. Quando eu já estava perdendo as esperancas de achar um que meu coracao batesse, achei. E foi para lá que o Daniel foi e foi para lá que a nossa Viviane também foi.

Eles têm 4 grupos e um deles sao criancas que têm levemente a Síndrome de Down. Sao criancas que conseguem aprender algo, que se adaptam às situacoes a elas apresentadas, etc. Você só sabe que elas têm a Síndrome por causa da sua aparência. Eu queria que nossos filhos já crescessem respeitando, ajudando as pessoas especiais que nós temos nessa vida. Sim, elas sao especiais, sao elas que nos ensinam que existe um outro lado da vida que nao é só correr atrás do dinheiro. Matriculei o Daniel lá e a diretora na hora me disse que nao poderia garantir uma vaga para ele, pois como nós moramos numa outra zona da cidade, ela nao saberia me dizer se a cidade liberaria a matricula dele. Como? Entao fiquei sabendo: Quando nós matriculamos os nossos filhos no Jardim ou na escola, a cidade providencia para que ele fique perto da nossa casa. Exatamente para facilitar a locomocao. Até mesmo, para a crianca ir sozinha para a escola, etc.
Fiquei de queixo caido. Perguntei-lhe o que eu deveria fazer, pois queria aquele Jardim para o meu filho. Ela me respondeu que eu poderia tentar escrever uma carta à cidade justificando os meus motivos. Eu agradeci e disse a ela que eu nao iria matricular o Daniel num outro Jardim que nao fosse aquele. À noite conversei com o Christian e juntos escrevemos a tal carta à cidade. Resumindo: Mesmo a cidade alegando que morávamos a uma distância de 1 Km do Jardim, o Daniel recebeu o lugar. E ele aprendeu muito ali. Por isso, mae, reveja seus valores na hora de matricular o seu filho. Nao é só pela necessidade de tê-lo num lugar porque você precisa trabalhar, mas o que ele pode aprender em relacao a respeito a vida e ao próximo.

Reparem a bolsa de esporte que a Vivi tem. Nao é linda! É Brasil, mesmo!!!
Quando a Viviane nasceu, eu voltei a este mesmo Jardim. A diretora me recebeu em sorrisos e eu disse: Já vim matricular a Vivi. Quero que ela venha para este mesmo Jardim como o irmao dela veio. A diretora, nao disse nada, abriu a pasta de matrícula e me deu o papel para preencher. Nos despedimos e ela me disse: Em 3 anos nos veremos novamente, senhora Aegerter, (lê-se Eigata)

E aqui está a nossa Viviane feliz da vida e nós também. Pois, sabemos que o contato que ela terá ali, fará dela uma pessoa diferente. Mas diferente em quê? Diferente em suas escolhas e diferente em respeito ao próximo.
E é por respeitar ao próximo que estamos a Meire e eu fazendo esta blogagem coletiva sobre um assunto que grita por todo o Brasil.
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